A história das Constelações. Hellinger, Weber, Sparrer e Varga von Kibéd.

Como se desenvolveram as diferentes “escolas” das Constelações. Bert Hellinger, Matthias Varga von Kibéd, Insa Sparrer, Gunthard Weber. Um resumo da história.

A Alemanha é o berço das Constelações. Sua história tem como protagonistas o psicoterapeuta, filósofo, teólogo e pedagogo Bert Hellinger (1925), o psiquiatra e psicoterapeuta Gunthard Weber (1940) e o casal Matthias Varga von Kibéd (1950) e Insa Sparrer (1955). Ele estudou filosofia, lógica e filosofia da ciência, matemática e é doutorado em gramática universal. Ela é psicoterapeuta.

Bert Hellinger
Bert Hellinger

Bert Hellinger teve duas grandes influências para desenvolver as Constelações Familiares: o psicodrama e a escultura familiar. O terapeuta Jakob Moreno criou, na década de 1930, uma nova concepção terapêutica denominada psicodrama.  A partir de sua paixão pelo teatro, usou o palco e a interpretação para desenvolver sua técnica. A psicoterapeuta Virginia Satir publicou em 1964 seu primeiro livro, Conjoint Family Therapy. Ela apresentou ao mundo sua teoria sobre reconstrução familiar e a escultura familiar. Outras fontes como “Lealdades Invisíveis” (1974) de Ivan Boszormenyi-Nagy e Geraldine M. Spark, o pensamento sistêmico de Gregory Bateson e outros conceitos tradicionais deram a Hellinger o marco teórico para as Constelações Familiares. Tem início as Constelações com cunho fenomenológico.

Gunthard Weber
Gunthard Weber

Em 1995 ocorreu a primeira Constelação Organizacional de que se tem registro. Hellinger foi convidado por consultores para realizar este trabalho em Kufstein, Áustria, de modo a verificar se a ferramenta que tinha se desenvolvido com sucesso para questões familiares, poderia também ser utilizada em questões orientadas à tarefa. Bert Hellinger, muito focado nas Constelações Familiares, convidou seu editor e também amigo Gunthard Weber para desenvolver esse trabalho com Organizações. Weber centrou seus esforços sobre essa tarefa, de modo que muitos o consideram como “pai” das Constelações Organizacionais. Três anos depois do experimento na Áustria, em 1998 ocorreu o primeiro Congresso sobre o tema, que estabeleceu suas bases iniciais. Segundo Regojo, “No princípio, os primeiros facilitadores eram terapeutas. Preocupavam-se mais com as dinâmicas sociais e psicológicas e em explicar o contexto empresarial por uma ótica familiar”.

Insa e Mathias
Insa Sparrer e Mathias Varga von Kibéd

Em paralelo, Mathias von Kibéd e Insa Sparrer, em 1989, iniciaram seus estudos sobre o que passou a ser posteriormente conhecido como Constelações Estruturais. Eles passaram a dotar as Constelações de um rigor e uma metodologia científica. Segundo Echegaray, “Varga von Kibéd entende as Constelações como uma forma de linguagem transverbal e, portanto, com uma “gramática” que pode fazê-la acessível… Assim, as Constelações Estruturais propiciam a inserção das Constelações em contextos distintos do familiar”.

Ao longo da última década as Constelações Organizacionais amadureceram, ganharam corpo e começaram a se difundir, principalmente no continente Europeu. Se firmaram duas metodologias bem definidas, que se tornaram complementares. O trabalho fenomenológico, de Hellinger e Weber e a obra estrutural de Varga vin Kibéd e Sparrer. Para dar robustez a esses métodos, foi criado na Alemanha (e não podia ser diferente!) o Infosyon (The International Forum for System Constellations in Organisations). Alguns estudos acadêmicos em universidades europeias passaram a ser realizados, com sua posterior publicação.

Para quem quiser saber mais sobre o tema, recomendamos o livro “Para compreender las constelaciones organizacionales” Echegaray, Guillermo (2008). Há um breve capítulo sobre a história das constelações. A figura abaixo (retirada do livro) apresenta de forma esquemática as raízes e as diferentes linhas de pensamento que ser formaram.

As diferentes Constelações
As diferentes Constelações. Do livro “Para compreender las constelaciones organizacionales” Echegaray, Guillermo

Nossos próximos posts vão tratar um pouco mais sobre cada uma dessas “escolas” e também de outros temas que se desenvolveram a partir delas.

Se quiser conhecer todos os posts que publicamos a respeito deste tema, bem como nossas referências bibliográficas, consulte o link abaixo:
Constelações Organizacionais: guia de referência rápida

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